Sem concorrência, participantes da licitação de ônibus de SP pedem valor máximo de remuneração previsto

25 de Março de 2019

 

Para secretário, valor pedido de contrapartida pelas empresas por passageiro ‘é justo’. R$ 184 milhões serão investidos em fundo para remodelação de terminais.

 

A Prefeitura de São Paulo abriu, nesta segunda-feira (25), os envelopes com as propostas das empresas interessadas em participarem da licitação de ônibus na capital. Pelas propostas apresentadas, percebeu-se que não há concorrência e as empresas estão pedindo o valor máximo de remuneração possível permitida na licitação.

 

É a maior licitação de transporte público do país. No final de 2018, o valor dos contratos foi corrigido para R$ 71,14 bilhões.

 

A Prefeitura havia criado um teto para a tarifa de remuneração: por exemplo, dos R$ 4,30 que o passageiro paga, a empresa ofereceu R$ 3,50, que seria o reembolso, e estaria no teto limite previsto pela Prefeitura.

 

As empresas participantes da licitação sãs as mesmas que concorriam desde o início da disputa e todas pediram o teto.

 

O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, diz que o pedido pelas empresas, apesar de estar no teto, faz sentido. “Entrar no mercado de São Paulo não é simples, muita gente se assusta com isso. O importante é que (o que foi pedido pelas empresas) está dentro do limite de preço da prefeitura, as empresas estão trabalhando neste sentido. Estão concordando com o preço previsto na prefeitura”, disse ele.

 

Algumas empresas, que possuíam dívidas tributárias e previdenciárias, renegociaram as dívidas com a Fazenda Pública e conseguiram entrar na licitação. Outros abriram novas empresas para participar da licitação

 

A partir de agora será criado, ainda, um fundo de participação das empresas para gerir os terminais de ônibus: serão R$ 174 milhões que serão aplicados na modernização dos terminais, na comercialização de bilhetes e para investir na inteligência do serviço, já que a satisfação dos passageiros será um dos fatores que irá impactar no lucro das empresas.

 

Levantamento exclusivo feito com base na Lei de Acesso à Informação aponta os fatores que mais geram reclamações dos passageiros nos últimos 2 anos.

 

As Zonas Sul, Norte e Sudeste da capital concentram o maior número de reclamações.

Das 70 mil reclamações nos últimos dois anos, mais da metade se resume a três situações: a falta de respeito no tratamento ao público em geral é uma delas, gerando mais de 7.217 reclamações no período.

Em seguida vem a superlotação, que rendeu reclamações de 1.534 passageiros em dois anos. No topo do ranking está o intervalo excessivo das linhas, que gerou 15.366 reclamações nos últimos dois anos.

Completam a lista outros problemas já bastante conhecidos da população, como a falta de manutenção e a superlotação.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse que as empresas estão fazendo investimentos na renovação da frota em operação e também empenhadas na melhoria do atendimento aos seus clientes e no aprimoramento dos profissionais.

 

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/03/25/sem-concorrencia-participantes-da-licitacao-de-onibus-de-sp-pedem-valor-maximo-de-remuneracao-previsto.ghtml

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